Goa, a Índia portuguesa

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Na primeira das duas viagens que fiz à Índia, em 2005, uma das minhas maiores curiosidades era por Goa, o estado indiano colonizado por Portugal entre 1510 e 1961. Havia mais de quatro décadas que os portugueses já não exerciam seu domínio, mas os traços da cultura portuguesa ainda eram bastante visíveis e audíveis. Hoje, 16 anos depois, é provável que bem menos, uma vez que vão desaparecendo junto com as últimas gerações que viveram aquele período.

No vídeo que agora editei dos três dias passados em Goa, usei uma estrela colorida para assinalar os vestígios lusitanos. Sejam eles estabelecimentos comerciais com nomes como “Casa Moderna”, “Barbearia República”, “Bar Santa Rita”, “Sapataria Natural” ou “Pedro Travel”. Ou sejam casarões tipicamente lusitanos com mobília colonial e decorações em azulejos. Conheci grandes igrejas com ornamentação barroca remanescentes da conversão dos indianos ao Catolicismo, numa das quais repousa o corpo do missionário São Francisco Xavier. Conversei com cidadãos goeses que ainda arranhavam a língua de Camões. Tive até a oportunidade de entrevistar um senhor português que trabalhou na polícia indiana e, após casar-se com uma nativa muçulmana, não só não retornou a Lisboa como trocou seu nome de Jorge Alexandre de Souza e Menezes para Shaikh Ali.

Afora esses resquícios de uma influência em extinção, Goa é um lugar aprazível e muito identificado com a paisagem do oeste da Índia: muitas praias paradisíacas, coqueirais sem fim, mercados coloridos à beira-mar e um ambiente rural frequentado por turistas ocidentais e explorado por comerciantes europeus, muitos deles pós-hippies. Embora eu não tenha adentrado nessa seara, sei que abundam as festas de trance music, com facilidades de consumo de álcool e drogas que não se vê em outras partes do país.

As praias goesas são particularmente pitorescas. Em algumas, calmíssimas, os frequentadores dividem o espaço com vacas pachorrentas. Outras, mais agitadas – como Calangute –, vivem coalhadas de multidões de passeantes e banhistas, todos completamente vestidos mesmo dentro d’água. Calções e biquínis são de uso exclusivo dos turistas e veranistas estrangeiros.

Meu vídeo tem 60 minutos e está dividido nas seguintes partes e destaques:

00:00 – Panjim, a capital
06:26 – Entrevista com o Sr. Jorge Alexandre/Shaikh Ali
10:30 – Bairro lusitano de Fontainhas
14:52 – Aspectos da abertura do Festival Internacional de Cinema, do qual não participei
19:28 – Fortaleza da Aguada e Hotel Fort Aguada com sua prainha particular
22:37 – Filmagem Bollywood na praia
25:55 – Pelas estradas do Norte de Goa
27:16 – Mercado e Praia de Anjuna
34:15 – Casarões portugueses de Loutolim
39:22 – Igrejas da Velha Goa
46:56 – Praias de Colvá, Vagator, Chapora, Arambol, Calangute e Sinquerim

7 comentários sobre “Goa, a Índia portuguesa

  1. Para variar (sqn), uma delícia de viagem, que jy começa no título “Goa, a Go Go”, segue por personagens fantásticos que só você encontra, como o carismático português que “enganou” a mãe e casou com uma nativa, passando por paisagens incríveis como a casinha simples onde se lê Bollywood Hollywood, até fechar com um espetacular por do sol iluminando os créditos. Não conheço melhor cicerone.

  2. *CARLINHOS, MY BRODER,*

    *VEJA QUE ESPETÁCULO: DIOGO NOGUEIRA E A ORQUESTRA OURO PRETO. OURO PURO! GENIAL! FOI AO AR ONTEM À NOITE, SE V. NÃO VIU…*

    *ABRAÇÃO SINFÔNICO DESTE DESAFINADO, *

    *BRAVOX DAS ARÁBIAS, * *,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,* *SEU VÍDEO DE HOJE, NÃO ABRE. A TELA VEM COM AQUELA CARETIINHA MANJADA.*

    *https://www.youtube.com/watch?v=EVtmthTs5tg *

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